Hans Staden, suas viagens e cativeiro entre os selvagens do Brasil
O nome completo é muito longo: “História Verdadeira e Descrição de uma Terra de Selvagens, Nus e Cruéis Comedores de Seres Humanos, Situada no Novo Mundo da América, Desconhecida antes e depois de Jesus Cristo nas Terras de Hessen até os Dois Últimos Anos, Visto que Hans Staden, de Homberg, em Hessen, a Conheceu por Experiência Própria e agora a Traz a Público com essa Impressão” e normalmente aparece em diversas formas mais curtas. Foi publicado pela primeira vez em 1557 na Alemanha. Trata-se de um livro pequeno e muito interessante até pela falta de erudição do seu autor, Staden era um mercenário, que se limita a fazer um relato muito direto e descritivo. Foi um grande sucesso desde a sua publicação e continua como referência sobre o modo de viver dos indígenas, tupiniquins e tupinambás, e suas relações com portugueses e franceses à época do descobrimento.
A ilustração acima é de uma das primeiras edições em alemão. Interessante pelas ilustrações pois mesmo quem lê alemão, se não tiver treino, terá dificuldade com a tipografia. Existe uma edição em inglês: The Captivity of Hans Stade of Hesse, traduzido por Albert Tootal e anotações de Richard F. Burton, que é muito interessante pelos comentários. Existe ainda a versão em português, do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo, com o título Hans Staden, suas viagens e cativeiro entre os selvagens do Brasil“. Foi traduzida da primeira edição original alemão em comemoração do 4º Centenário do Descobrimento. Muito rica em anotações e comentários de Teodoro Sampaio.
Links:
Google Books:
Edição Original Alemã
Internet Archive:
Edição em inglês com notas de Richard F. Burton
Internet Archive:
Edição em português comemorativa do 4º Centenário com anotações de Teodoro Sampaio
Está disponível também na Biblioteca Brasiliana da USP mas eu não aconselho pois o .pdf é protegido contra pesquisa, isto é, você não consegue editar para inserir suas anotações. Não quero nem pensar o que vai na cabeça de alguém que toma uma decisão dessas. No final, até história do Brasil temos que estudar em bibliotecas de fora do país.
Post em que é citado: